VICTOR RUIZ
( Bolívia – La Paz )
( 1897 – 1969 )
RUIZ, Víctor (La Paz, Bolívia, 1900 - 1969).- Poeta, dramaturgo e jornalista.
Exerceu diversos cargos em entidades públicas e privadas. Cônsul da Bolívia em Havre, França (1929-1930). Fundador do jornal 'El Quijote' em Paris, 'Potosí' em Buenos Aires e 'Nueva Era' em La Paz. Fundador do Ateneo de la Juventud e da Sociedade Boliviana de Autores Teatrais. Vencedor de vários prêmios literários, um deles de poesia concedido pelo Círculo de Bellas Artes de La Paz (1926).
Luis Felipe Vilela destaca um dos livros de Ruiz dizendo: "Ansiedad, seu melhor livro de versos já exaustivos, em sua segunda parte, tenta uma virada de evolução para o novo lirismo. No entanto, em sua própria experiência, sua poesia está impregnada de ternura e simplicidade. Ou então, torna-se leve e musical para solicitações espirituais."
Seu poema 'A esposa', antologizado por Porfirio Díaz, diz: "Mãe e irmã, namorada, amante, amiga, de todos os amores é um rosário / seu efeito, que não separa do nosso / nem a crueldade final do ossário. / Das almas ao concerto íntimo, / a nossa mente é como um livro aberto / em que ambos lemos, sem falsidade. / A existência está ao teu lado amigo / e tu nos dás com a tua fé, com a tua paciência, / para chegarmos o fim, força e persistência".
LIVRO
Poesia : Transiência (1923); Ansiedade (1928); Amor (1928); Versos do país (1963).
Teatro : Chá das Cinco Horas (1922); Aqueles que pagam (1923); O que a vida impõe (1927).
Prosa : Libertação Nacional!… 10 histórias fictícias da vida americana (1965).
Ref.- Pabón, "Del teatro...", LP IV Centenário: II, 88; Vilela, Antologia Poética, 252; V. Ruiz, Liberación Nacional, 4 e retalhos; Díaz, Prosa e Verso: III, 42; Costa, Catálogo: I, 925-26; C. Vedia, "Páginas de Gesta", UH/Semana, 05.04.1997, 14-15; Francisco Álvarez, "Meio século de teatro boliviano", Khana, 33-34, 1959, 335; White, Dicionário de Poetas, 2011, 168
Biografia e foto: https://elias--blanco-blogspot
TEXTO EN ESPAÑOL — TEXTO EM PORTUGUÊS
BEDREGAL, Yolanda. Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977. 627 p. 13,5x19 cm Ex. bibl. Antonio Miranda
SONETO
Es mi miseria, tanta, que me espanta
y me tiene confuso y aturdido,
pero, al ser eco de tu voz nacido,
esa mi atroz miseria, es noble y santa…
Esa miseria, en realidad no es tanta,
porque, por ella misma, he comprendido
que soy, y que seré, y que he sido
hoja vital de tu divina planta.
Mas, miserable como soy, no atino
a entender cuál es mi alto destino
para el que me criaste y me nutriste.
Y como larva informe, que no acierta
a saber si está aún viva, o si está muerta,
mi alma en la duda de su ser subsiste…
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
SONETO
Minha miséria é tanta, que me espanta
y me mantém confuso e aturdido,
mas , al ser eco de tua voz nascido,
essa minha atroz miséria, é nobre e santa…
Esa miseria, en realidad no es tanta,
porque, por ella misma, he comprendido
que soy, y que seré, y que he sido
hoja vital de tu divina planta.
Mas, miserável como sou, não atino
a entender qual é meu elevado destino
para o que me criaste e me nutriste.
E como larva disforme, que não acerta
saber si está ainda viva, ou si está morta,
minha alma na dúvida de se
u ser subsiste…
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Página publicada em setembro de 2022
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